Não poderia ser diferente. O desfile de encerramento da SPFW com a Cavalera estava programado para acontecer numa das salas como os outros. De última hora, anunciaram que seria mudado para a área de entrada da Bienal, um caminho de chão de madeira, com dois espelhos d’água nas laterais. O que ninguém sabia até o desfile começar era que no alto, preso ao teto, um mecanismo foi fixado para produzir ‘chuva’. Para a surpresa de todos, uma a uma, as modelos entraram de roupa e sapatos na água e desfilaram Cavalera sob o que parecia ser uma tempestade. Com direito até mesmo a guarda-chuva, os modelos desfilaram uma coleção streetwear, nitidamente dividida em dois blocos distintos. No primeiro, o preto e o marinho imperaram absoluto em calças, jaquetas, bermudas, parkas, calças e shorts curtíssimos. Em sarja, no denim cru, sem lavagens, na malharia. Complementado pela lã natural em ponchos, casacos e mantôs que lembravam os produzidos em culturas remotas da América do Sul. Apenas o amarelo lima pontuava as peças e os calçados. Depois foi a vez de entender o tema do desfile, República Federativa da Cavalera. Um brasão, semelhante ao da República brasileira, se transformou em estampa que fragmentada, parecia uma imagem abstrata, reconhecida apenas pelas cores verde, amarelo, azul e branco. Com ela, jaquetas em couro, calças cigarettes, vestidos com babados nas barras. Tudo molhado, claro. |
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Desfile da CAVALERA no SPFW 2011
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